CONTEXTO E DESCRIÇÃO DO PROJETO:
A AVSI Brasil (www.avsibrasil.org.br) é uma organização brasileira, sem fins lucrativos, constituída em 2007, para contribuir na melhoria das condições de vida de pessoas que vivem em situações de vulnerabilidade. É uma organização local vinculada ao contexto internacional, por meio da parceria com a Fundação AVSI, ONG de origem italiana que atua no Brasil desde os anos 80 e que estimulou a criação da AVSI Brasil. Sua missão é tornar as pessoas, em situações de vulnerabilidade ou emergência humanitária, protagonistas do próprio desenvolvimento, da sua família e comunidade, por meio de projetos sociais em diferentes áreas.
Nos últimos anos, a Venezuela tem vivido uma forte crise, ocasionando vulnerabilidade social e um contexto de emergência humanitária que se concretiza em uma intensa migração em território brasileiro. A AVSI Brasil (www.avsibrasil.com.br) trabalha em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social - MDS (www.gov.br/mds/pt-br) e com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR (www.acnur.org/portugues/), para apoiar na acolhida da população venezuelana no Brasil.
Cumprindo sua missão de tornar as pessoas em situações de vulnerabilidade ou emergência humanitária protagonistas do próprio desenvolvimento, a AVSI integra a resposta federal à emergência humanitária venezuelana, a Operação Acolhida. Atualmente, em sua parceria com Ministério do Desenvolvimento Social e ACNUR, a AVSI Brasil, atua em 5 (cinco) centros de acolhida (abrigos) para refugiados e migrantes venezuelanos, em 2 (duas) estruturas de recepção e serviços, além de outras iniciativas nas cidades de Boa Vista e Pacaraima, em Roraima.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DO CARGO:
O(a) Oficial de Proteção de Base Comunitária responde ao(à) Coordenador(a) de Abrigo e atua em estreita colaboração para apoio técnico com o(a) Oficial Sênior de Proteção de Base Comunitária. É responsável por criar estruturas para que a população abrigada desempenhe um papel ativo nos processos de funcionamento do abrigo que impactam sua vida diariamente, conduzir as ações de engajamento e fortalecimento comunitário, fomentando o protagonismo no processo de decisão orientado à solução de problemas e o desenvolvimento de habilidades. Deve implementar atividades de proteção de base comunitária, focadas especialmente na prevenção da violência no ambiente comunitário dos abrigos, mitigando riscos e vulnerabilidades, observando as prioridades identificadas em cada espaço, bem como a política de idade, gênero e diversidade para engajamento da população atendida. Deve disponibilizar para a comunidade iniciativas voltadas para a interiorização e criação de condições para a promoção da autonomia socioeconômica de pessoas migrantes e refugiadas assistidas nos abrigos. Trabalha em cooperação com a rede de proteção local, com as equipes do ACNUR, com a Força Tarefa Logística e Humanitária (FT Log Hum), agências da ONU, sociedade civil e outros parceiros da Operação Acolhida.
PRINCIPAIS ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES DO CARGO:
Atuar em estreita colaboração com o(a) Oficial Sênior de Proteção de Base Comunitária sobre o trabalho técnico de proteção de base comunitária;
Manter estratégias de constante aproximação e conhecimento da comunidade, para entender seu funcionamento e demandas e planejar em conjunto as melhores formas de engajá-la no dia a dia da gestão do abrigo;
Mapear lideranças comunitárias, desde que sejam mitigadas, sempre que possível, as relações de poder culturalmente incorporadas que possam ser opressivas ou exploratórias. É fundamental que previamente possa ser feita a análise do contexto existente em que se encaixam as estruturas comunitárias do abrigo e encontrar meios de suportar, desenvolver ou ajustar essas estruturas para garantir a participação mais representativa possível da população;
Promover e coordenar espaços para escuta, discussão e diálogo, informação, feedback e reclamações, intercâmbios de boas práticas para todos grupos e setores do abrigo;
Fomentar e reforçar a utilização dos mecanismos de feedback e reclamação pelos quais os beneficiários do abrigo possam questionar ou dar sugestões sobre o acesso aos serviços no local, garantindo a retroalimentação à comunidade e aos atores relevantes;
Mediar e resolver conflitos através do fortalecimento do diálogo e da comunicação assertiva e não violenta;
Mobilizar a equipe de gestão do abrigo para estar envolvida nas atividades de participação comunitária;
Atividades do cotidiano:
Criar estruturas para o engajamento comunitário nas atividades diárias fundamentais para a manutenção do abrigo;
Garantir a representação transversal da população atendida nos grupos representativos e de trabalho, notadamente homens, mulheres, crianças, jovens, idosos(as) e outros grupos vulneráveis, a fim de estimular e garantir que sua opinião e participação ativa sejam observadas.